De: Maurício do Carmo
O melhor de meu coração, o amor mais sublime,
Um turbilhão de lembranças e saudade em minutos
Que por tua indecisão, fez-se carinho perdido,
Um abraço ao vazio, querer sem eco...
Consagro-te
O mundo em plenitude de sonhos, e toda doçura,
Para que o amor em devoção, seja vida...
O amar, que por tuas desculpas diplomáticas, fez-se utopia,
Fantasias inocentes, inócuas e sem chance.
Consagro-te
O expoente dos sentimentos nos versos,
O que até ontem fora poesia e retrato fiel
Das juras de amor mais belas, mortas, simplesmente,
Na dor que existe na falta de reciprocidade...
E ao te consagrar-te tanto, mesmo a fé num amor indizível,
Ficam as vívidas emoções e marcas do amor precoce morto...
E para que não me sagre o dono de toda esta dor,
Nem tão pouco a você menor ou maior parcela do sofrer,
Sinto, realmente sinto muito...
...Contudo calo para ti as vozes de minh’alma, o meu querer,
Os meus versos, dos quais este é encerramento.
Para que eu não morra de paixão,
Para que cesse o sofrer que sobrevem com a ilusão
Consagro-te, com amor, meu silêncio.